O tal do jabá.

Outro dia li por aí um texto (acho que era da Jana Rosa) falando sobre o relacionamento das marcas/assessorias de imprensa com as blogueiras/fashionistas.

Achei bom, faz muito sentido dizer que elas fazem qualquer coisa para pagarem de IT e faz mais sentido ainda faz dizer que a relação de quem cobre a moda com quem a produz está ficando cada vez menos saudável e cada vez mais vendida.

As pessoas vendem espaço e opinião em troca de brindes baratos que as marcas enviam.

Aceitar ou recusar o jabá não acho nem que seja a questão, acho que a questão é falar ou não falar o que as marcas querem. Aceitar um jabá não obriga ng a dizer nada que não queira.

Eu não falo aqui o que me pedem e também não produzo para os consumos da O2 com o que me pedem pra produzir/divulgar.

Já deixei bem claro pra todo mundo que só coloco nos meus consumos o que acho COERENTE.

Muitas marcas de fitness por exemplo já tentaram entrar nos meus consumos no entanto acho que não faz sentido nenhum eu dizer pra minha leitora que tudo bem correr com um top de academia sem a menor sustentação, com uma legging que vai ficar caindo no treino, ou mesmo usar roupas com tecidos que não são adequados para a corrida.

Por outro lado, já recebi muita coisa legal que usei, tirei minhas conclusões como mulher/atleta e senti vontade de compartilhar com minhas leitoras.

Respeito quem não aceita, principalmente na industria da moda onde ou a coisa é bonita ou não, diferente do meu universo dos esportes onde a coisa além de ser bonita tem que ser também funcional.

Eu gosto de me sentir segura ao indicar alguma coisa pra vcs, gosto de poder usar as coisas antes de falar pra vcs comprarem, não vivo de presentes,  já perdi a conta de quantas vezes indiquei coisas que comprei. Não falo das coisas pq acho bonitinhas, não tenho apenas um olhar de edição de moda, sou corredora antes de tudo.

Perdi tb as contas também de quantas coisas ganhei, usei, não gostei e não compartilhei.

Enfim, meu conselho pra quem anda se perdendo no meio de tanto jabazinho é que sente, respire e assuma seu compromisso com uma das partes: os leitores ou as marcas.

Com as marcas e assessorias a relação que eu – Paula – tenho é de parceria.

E com vocês eu tenho um compromisso.

Tipo relacionamento sério do Facebook, sabem?

3 respostas em “O tal do jabá.

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